terça-feira, 13 de março de 2012

"SAÚDE DE SERGIPE CONGESTIONOU O MINISTÉRIO PÚBLICO", AVALIA AUGUSTO BEZERRA.

O vice-líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Augusto Bezerra (DEM), ocupou a tribuna na manhã de hoje (13) para condenar a política de Saúde Pública de Sergipe. Segundo o democrata, com tantas irregularidades, a “Saúde congestionou o Ministério Público que tenta amenizar os problemas com ações e audiências públicas”. Augusto Bezerra denunciou ainda que o governo do PT ressuscitou uma prática antiga: a volta do “Capitão do Mato”, ou seja, uma espécie de olheiro que fica acompanhando o serviço dos outros, delatando as falhas para os seus superiores. “É uma piada de mau gosto: a Saúde de Sergipe está congestionando o Ministério Público! É audiência toda hora! É do Ipes, do Hospital João Alves, do Hospital Cirurgia, das Maternidades, dos Ortopedistas. Eu avisei aqui da dívida milionária do Hospital Cirurgia, que ele podia fechar as portas. Eu digo e afirmo: nenhuma coisa séria pode ser dirigida por Gilberto Santos (diretor do hospital). A promotora Euza Missano entrou com uma ação para tornar pública aquela unidade de Saúde. Esse Gilberto mexeu até na família de Augusto Leite dizendo que aquilo é uma fundação”, comentou o democrata. Em seguida, Augusto Bezerra disse ainda que “o hospital recebe dinheiro público e tem que ser fiscalizado! Todos os funcionários de lá são de Nossa Senhora das Dores. Parece que fizeram uma licitação e o município venceu. No hospital João Alves, o médico que abriu a cabeça de um cidadão com uma serra Tramontina, pediu demissão e foi embora para Alagoas. Se um cidadão quebra uma perna vai para casa e ela cola 30 dias depois. Só faz o procedimento no Hospital Cirurgia se tiver padrinho político. Quero ver o amor de Gilberto agora com o prédio indo a leilão”. O deputado lembrou que sempre combateu as Fundações e que sempre que elas representariam o fim da Saúde em Sergipe. “Elas (Fundações) já devem mais de R$ 90 milhões. Falaram que era uma dívida pequena, mas não vão pagar! Afirmo hoje que o Hospital João Alves e a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes vão a leilão. Essas Fundações são imorais e inconstitucionais”. Augusto colocou que existe uma campanha orquestrada contra os médicos de carreira do Hospital João Alves. “O PT agora se superou: trouxe de volta, em todas as empresas públicas, uma prática antiga: voltou o ‘Capitão do Mato’. É aquele que caçava as pessoas para dar o nome das pessoas, para entregar e perseguir. Na pediatria do Hospital não sei como uma mulher com um diploma se presta a isso: a doutora Cristiane é a capitã do mato da pediatria. Em troca de folgas, ela recebe fuxicos e não permite que os médicos de carreira descansem”. Transur – “Quero reconhecer de público o trabalho da promotora Euza Missano. Graças a ela, hoje à tarde teremos uma audiência no Ministério Público. A Transur, uma empresa que comete todo tipo de arbitrariedade, era uma empresa de recursos humanos, que virou construtora e agora é responsável pela higienização do hospital João Alves. Parece até brincadeira! Quando o presidente da empresa foi chamado para a audiência, que todo mundo sabe que pertence a um tal de Carioca, que já foi vereador de São Cristóvão, para a surpresa a empresa não estava mais no seu nome, mas no de Helena Tavares de Rezende, que é servente do hospital e que pode até ser presa”. Augusto Bezerra completou dizendo que acredita em uma condenação de no mínimo cinco anos sem a empresa poder contatar com o serviço público. “Punido, aí eu quero ver se esse Carioca cumpre a promessa de revelar tudo o que sabe e o que realmente foi feito com o dinheiro que recebeu da Saúde. Estamos falando de uma empresa que está com os salários atrasados dos servidores e que, segundo o diretor da Fundação, recebe, mas não fornece os insumos, que são papel higiênico, papel toalha, pano de chão e outras coisas. Esse é o retrato da Saúde pública de Sergipe”. Política – Durante seu pronunciamento, Augusto Bezerra mandou uma espécie de “recado” para alguns grupos políticos. “Em nome da governabilidade, tem gente tomando café da manhã com Amorim; almoçando com Déda e jantando com Jackson Barrreto (PMDB). E ainda quer marcar um chá com João Alves Filho (DEM). O chazinho foi cancelado porque o negão não compactua com isso. O que hoje chamam de governabilidade, antigamente tinha outro nome”.

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