terça-feira, 27 de março de 2012

SERGIPE É O ÚNICO ESTADO DO PAÍS COM COBERTURA TOTAL DO SAMU E GESTÃO ÚNICA,

Resultado da soma de esforços do Governo do Estado e da Prefeitura de Aracaju, através das respectivas secretarias de saúde, Sergipe passa a contar, a partir desta terça-feira, 27, com um único Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu 192 Sergipe, oferecendo cobertura para todo o estado.

O Samu 192 Aracaju foi fundido com o Samu 192 Sergipe com o objetivo de melhorar e ampliar a prestação de serviços pré-hospitalar de urgência. Na capital, o serviço também passa a ser gerenciado pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), ampliando o número de bases, que passou de uma para quatro. Em cada uma delas haverá pelo menos uma ambulância do tipo USA - Unidade de Suporte Avançado, conhecida como UTI móvel, que também conta com médico na equipe. Além disso, o número de ambulâncias também passa de sete para 14 no total.

De acordo com o secretário municipal de Saúde de Aracaju, Silvio Santos, a fusão do Samu 192 atendeu orientação do Ministério da Saúde (MS). “A unificação vai permitir mais agilidade e qualidade à prestação do serviço com melhoria da estrutura, descentralizando o atendimento”, afirmou Santos.

Funcionamento do serviço

Todas as chamadas telefônicas do número 192, de qualquer parte de Sergipe, serão recebidas numa única central de regulação do serviço, que agora funciona na rua Sergipe, no bairro Siqueira Campos, onde ficava a base do antigo Samu Aracaju. A partir da identificação do local do chamado, a central de regulação acionará uma das quatro bases descentralizadas da capital ou uma das 36 bases instaladas no interior do estado. Também é identificada pelo médico da regulação a gravidade da demanda para envio de uma Unidade de Suporte Avançado (USA), a UTI móvel, ou a Unidade de Suporte Básico (USB).

Mais bases em Aracaju

Para atender todo território de Aracaju, o Samu 192 com sede na capital passa a ter quatro bases descentralizadas. Antes da fusão era apenas uma que funcionava junto à central de regulação. Já a partir da próxima segunda-feira, 2 de abril, uma das bases será instalada na Unidade Básica de Saúde Santa Terezinha (Rodovia dos Náufragos), outra na antiga central regulação do Samu 192 Sergipe, ao lado do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), e até junho deste ano, o Hospital Universitário (HU) sediará outra unidade.

Novas Ambulâncias

Com a ampliação do número de bases descentralizadas na capital, consequentemente, o número de viaturas dobrará. Atualmente, Aracaju contava com sete ambulâncias, passando para 14, sendo quatro USA e 10 USB. “Já temos 10 ambulâncias disponíveis. No final do projeto teremos 35 ambulâncias novas compradas pelo Governo do Estado para atender todas as bases de Sergipe", contextualizou o secretário de Estado da Saúde, Antonio Carlos Guimarães.

Direitos dos Servidores

A fusão dos serviços também contou com a participação dos servidores. Durante o processo de discussão sobre a fusão, o Governo do Estado e Prefeitura de Aracaju mantiveram diálogo com servidores do Samu 192 Aracaju e de Sergipe, através dos sindicatos, para explicar as condições da cessão para a Fundação Hospitalar de Saúde sem nenhuma perda de benefício salarial e trabalhista. “Os servidores que aceitaram a cessão para a Fundação, depois de um ano ainda poderão optar por continuar ou não no serviço”, afirmou Guimarães.

Custeio do Samu

Em Sergipe e em Aracaju o Samu 192 custa aos cofres públicos R$ 3 milhões mensais. Para manter o funcionamento dos serviços, o Ministério da Saúde repassa o montante de R$ 1,2 milhão. Os outros R$ 1,8 milhão o Governo do Estado assume.

“A partir da fusão, o recurso passa a ficar unificado e vai para FHS, através do Fundo Estadual de Saúde. A capital continuará mantendo o custeio das suas equipes. Nós teríamos a oportunidade de aumentar o repasse pelo Ministério da Saúde num processo de qualificação das equipes em 70% do que hoje a gente recebe”, disse Antonio Carlos Guimarães.

Ainda segundo o secretário de Estado da Saúde, em Sergipe há um diferencial no financiamento do serviço para os municípios do interior. “Nos demais estados, o custeio costuma ser tripartite com uma parte do Governo Federal, outro do Estado e dos municípios onde funciona o Samu 192. Aqui é tudo por conta do Governo do Estado”, concluiu o gestor.

Fonte: ASN

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