terça-feira, 8 de maio de 2012

VENÂNCIO FONSECA DIZ QUE GOVERNADOR AINDA NÃO ABSORVEU ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA.

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), voltou a falar sobre a falta de agilidade do governo do Estado. Em pronunciamento feito no grande expediente da sessão desta terça-feira, dia 8, o parlamentar disse que até o momento o governador não enviou para a Assembleia a mensagem governamental com o reajuste salarial dos servidores públicos do Estado, que era para ter enviado no mês de março. “Veja como o governo do Partido dos Trabalhadores é devagar: já estamos em maio e até agora não chegou a esta Casa e o governador Marcelo Déda concedeu entrevista e disse que ainda não tem data definida para enviar. Não duvidem esse aumento ser anunciado em 2013 com retroativo para 2012. Este é o governo do PT, todo atrasado”, declarou.

Em seu discurso, o deputado afirmou que no atual governo não foram feitas obras estruturantes para o Estado e as únicas que a administração conseguiu inaugurar foram as deixadas pelo governo passado. “É um governo parado, devagar. Não vou nem comparar a uma tartaruga porque ela é bem mais ágil que governo”, disse.

Venâncio Fonseca demonstrou sua preocupação pelas entrevistas que o governador tem concedido. Para ele, pelas declarações dá para perceber que depois da eleição da Mesa Diretora da Assembleia o governo ainda não encontrou o rumo. Segundo o parlamentar, toda entrevista dele é sempre querendo taxar alguém de traidor, mandando recado. “O poder por si só já é arrogante e prepotente. Agora imagine sentado na cadeira do governador, sempre mandado recado para alguém”, indagou.

O deputado disse que hoje ouviu uma entrevista que ficou ainda mais preocupado, quando ele disse que enviou o Código de Ética dos militares para a Assembleia e se os parlamentares não aprovarem ele para por aí e não envia o restante do projeto dos militares. Para Venâncio, não tem a ver uma coisa com outra. “É pressão na Assembleia? Ele não entendeu que a conjuntura política nesta Casa mudou? Ele vai ter que aprender a conviver com isso, senão vai machucar seu ego”, afirmou.

Ele disse que não adianta o governo querer urgência para aprovar o projeto, pois o governo não tem pressa para outras coisas e a prova é que não enviou o projeto de correção dos salários dos servidores públicos. Venâncio disse que se o governo considera que esse Código de Ética vem para corrigir um atraso de 150 anos, vai ficar atrasado por mais mil anos, porque não considera a proposta um projeto. “Isso não é um projeto. Na ditadura não teve o AI-5? Esse então é o AI-13, pois quer interferir até na vida particular do militar.

No seu discurso, Venâncio voltou a lembrar alguns discursos do hoje governador Marcelo Déda quando ele era ainda deputado federal, no final da década de 90. Ele leu trechos de um deles, quando o então governador Albano Franco enviou à Assembleia um projeto que para Déda prejudicava o funcionalismo público, tendo na época classificado-o de “AI-5 antigreve”. “Ele falava e fala bonito, mas a prática é totalmente diferente. Vejam com ele era bom de discurso no govenro dos outros, mas no dele...”, disse.

Resposta

Para o deputado Venâncio Fonseca, o governador Marcelo Déda vai ter a resposta devida pelo massacre que o está fazendo com o funcionalismo público. Ele disse que embora até o presente momento não tenha enviado a mensagem de correção da inflação para os servidores, enviou o projeto AI-13. E o pior, disse ele, concede uma entrevista na inteligência que lhe é peculiar e jogar para a sociedade que este Código de Ética é para punir os criminosos da Polícia Militar que cometem crimes contra a sociedade e, para ele, não tem nada a ver uma coisa com a outra.

“Esse Código de Ética é disciplinar e dirigido para aqueles que reivindicam melhorias salariais para a classe, que denunciam que a PM está com a farda desgastada porque o governo Marcelo Déda tem três anos que não distribui fardamento novo. Esse código de ética é para punir o diretor do HPM que denunciou que o hospital não tinha condições de funcionamento porque não tinha as mínimas condições para os medicos trabalharem e como resposta poderia dar condiçoes, mas dá punições”, disse.

O deputado disse que os parlamentares não podem silenciar. Para ele, é preciso abrir uma discussão ampla sobre o tema e não ser mais como era antigamente, que o projeto vinha do Executivo e imediatamente era aprovado. Venâncio acrescentou que é isso que o governador não consegue engolir e absorver. Em seu pronunciamento, Venâncio Fonseca repercutiu uma nota publicada na imprensa em que o governador disse que no tempo que julgar conveniente vai mostrar o que fizeram com a administração pública, o que está sendo feito e pedir para comparar.

Ele teria dito que “vou falar dos acordos bancários que existiam, empréstimos que faziam, dos contratos na saúde, de números que as pessoas não fazem análise como estão os indicadores financeiros. Vou colocar isso de forma clara quando for para as ruas e palanques”. “Tudo é na hora dele e ameaça os acordos e contratos no Banese. Espero que nessa relação inclua o de R$ 8 milhões de Carioca, que já foi no governo dele”, disse, referindo ao contrato de empréstimo do então diretor da Transurh com o Banese.

Posição firme

Em aparte, o deputado Zeca da Silva (PSC) disse que é um homem firme, de posição, respeitoso, que tem lado e que sabe o que quer na política. Ele ressaltou que enquanto esteve do lado do governo sempre defendeu o projeto que estava atuando. No entanto, Zeca afirmou que a política de Sergipe está tomando rumo diferente. “Quero fazer também uma declaração de que não parte de nenhum membro de nosso partido nenhuma afronta para o governador, que é o chefe maior do estado. Da mesma forma que estou falando com serenidade e cautela, também foram feitos pronunciamentos cautelosos, respeitosos de outras lideranças de nosso partido, logicamente que mostrando o que está sendo passado para população um determinado episódio”, disse.

Ele acrescentou que o episódio da eleição da Mesa Diretora ele não gosta mais de lembrar, pois todos sabem que aconteceu uma eleição justa da presidente Angélica Guimarães. “Não tem nehuma criança fazendo política. Todos sabem o que foi conversado, discutido. Essa questão tem que acabar. E não adianta dizer que não foi. A verdade é esta. Quem disser diferente agora vou reagir, com tranquilidade e serenidade. Nenhum membro de nosso partido partiu para afrontar ninguém”, frisou.

A deputada Susana Azevedo (PSC) também aparteou o pronunciamento para se somar ao colega e comentou que o seu partido há quatro anos quando o governador foi eleito não contava com bancada na Casa e que foi se unir ao governo para que pudesse ter a governabilidade. “Em nenhum momento nós não participamos de nenhum cargo, simplemente demos apoio ao governo em troca de nada, só para que se continuasse a ter os projetos sendo votados, sem prejudicar o Estado e a população. Ficamos um pouco tristes com essa situação porque sabemos da participação do PSC no governo Marcelo Déda e pelo que isso está rendendo. O Estado precisa crescer e esse assunto ser encerrado. Se se deu a ruptura, que cada um siga seu caminho e vamos trabalhar para melhora as condições da sociedae”, disse.

Também aparteou o discurso do líder da bancada de oposição o deputado Antônio dos Santos (PSC) para dizer que ele e os colegas parlamentares estão na Assembleia para cumprir uma missão que o povo de Sergipe outorgou. Ele lembrou que há um trecho da Bíblia que diz que não andarão dois juntos se não estiverem de acordo. “Se não dá para continuar juntos, cada um segue seu rumo e o PSC sabe onde está e para onde vai. A nossa posição será a posição do grupo e vamos continuar trabalhando. A pop sergipana não pode perder, mas vamos seguir a orientação do PSC em tudo que formos fazer”, declarou.

O vice-líder da oposição, Augusto Bezerra (DEM) também aparteou para dizer que o pronunciamento do seu líder faz uma análise sobre as declarações do governador, no seu entendimento de muito ódio, coom se ainda não se conformasse com a aleição da Mesa. Sobre as ameaças que teriam sido feitas de denunciar empréstimos feitos pelo Banese, ele disse que é importante que governo diga também em que base foi feito o empréstimo de R$ 8 milhões à Transurh. “Enquanto isso a gente vê hoje matéria no jornal falando sobre a situação dos agricultores de Poço Redondo que o Banese não cumpriu o acordo e não está patrocinando R$ 1 mil para cada agricultor, para a ração dos animais que estão morrendo de fome e de sede. Mas é esse mesmo banco que empresa R$ 8 milhões à Transurh e qual foi a garantia desse empréstimo? Foi uma declaração de uma infelicidade muito grande”, avaliou.

Encerrando seu pronunciamento, o deputado Venâncio Fonseca solicitou que o governador Marcelo Déda desarmasse o espírito, pois o Estado está precisando de mais ações, de mais tempo do governador para trabalhar, “Porque conforme esse atraso do envio da correção alarial do servidor das duas uma: ou é para maltratar os servidores ou porque o Estado está quebrado. E se o Estado tiver quebrado aí será se o govenadr Marcelo Déda deixou para ele mesmo uma herança maldita”, questionou.

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