quarta-feira, 8 de agosto de 2012

"PROCURADORES NÃO DEFENDEM O GOVERNO, MAS O ESTADO", DEFENDE VENÂNCIO.

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna no final da manhã dessa quarta-feira (8) para novamente sair em defesa dos procuradores do Estado. Dessa vez, Venâncio rebateu um pronunciamento feito pelo líder do governo na Casa, deputado Francisco Gualberto (PT). O progressista lembrou que o procurador criticado pelo petista é Marcos Póvoas, filiado ao Partido dos Trabalhadores e lembrou que o papel da Procuradoria é defender os interesses do Estado, e não do governo.

Ao iniciar seu discurso, Venâncio disse que “eu não poderia deixa de dizer palavras em defesa da Procuradoria, órgão de onde venho também. Alguém tem que entender que a Procuradoria não é um órgão que advoga para o governo, mas sim para o Estado. Os procuradores não são advogados particulares do governo! São advogados de uma instituição que defende os interesses e os bens do Estado. Achei interessantes as críticas de Gualberto sobre a entrevista do Procurador. Dá a entender que se trata de alguém filiado ou vinculado a um partido da oposição”.

Em seguida, Venâncio disse que “mas o procurador que concedeu a entrevista é Marcos Póvoas, filiado ao Partido dos Trabalhadores, da base do governo e que tem legitimidade para tomar e defender seu ponto de vista. Hoje o PT está contra ele, mas batia palmas, aplaudia quando ele ia para o rádio defender a falida, endividada e mal pagadora Fundação de Saúde. Aí gostaram, adoraram. O problema é que tem gente dentro do próprio PT que não concorda com tudo desse governo. A deputada Ana Lúcia (PT), por exemplo, discorda quando se trata dos professores”.

“Ana Lúcia cobra direto e o governo não concede uma audiência para tratar da questão dos professores. Membros do governo não gostam de algumas características, da posição política dela. A mesma coisa Marcos Póvoas. Aí o PT não gosta! A Procuradoria não vai aceitar as agressões do governador do Estado. Déda pensa que porque está no exercício do cargo tem o direito de procurar a mídia para agredir, como agrediu a procuradoria”, completou o líder da oposição.

Agressividade – Venâncio aproveitou para alfinetar o governador do Estado. “Falando em agressividade, Déda anda muito agressivo ultimamente. Principalmente com os seus adversários. Ninguém tem culpa dos aliados não aceitarem ele na campanha da capital. É um desgaste horrível e um índice de rejeição alto. Aí parte para o interior e vai agredir os adversários. É uma pena porque é um grande orador, um homem da palavra fácil. Quando se perde a razão, o discurso, aí parte para a agressividade. É um comportamento lamentável que é um governador do Estado. Adversário é adversário. Vamos contestar, mas não pode desqualificar e desrespeitar”.

Cargos – Por fim Venâncio tratou da polêmica em torno dos cargos comissionados. “São seis anos de governo e alguns salários foram corrigidos até pela inflação. Mas os cargos de confiança ficaram onde estava e tem a defasagem. E aí que está a diferença. Esses cargos não diminuíram, ou melhor, aumentaram. Agora eu quero fazer duas ressalvas a dois homens de bem: Benedito Figueiredo, que é um amigo, um homem de bem e direito, que já foi vice-governador por dois mandatos, deputado federal e atuou em várias secretarias. É uma referência na vida pública do Estado e ninguém pode esconder isso. Como também é o ex-secretário José Fernandes Lima”.

“Ninguém está acusando eles por roubo ou por alguma falcatrua. O que está acontecendo com ele, já ocorre com vários administradores do interior. A Lei de Improbidade Administrativa é muito dura e muito cruel. Quando tem um programa federal, a prefeitura dá a contrapartida que é entrar com os funcionários. Se o município não tem aquele funcionário e contrata, aí já cai na improbidade administrativa. Acho que essa lei precisa de uma revisão, é injusta e cruel, mas é a realidade”, concluiu Venâncio Fonseca.

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